Cada grão preenche um espaço vazio no meio dos objectos ou cola-se aos corpos suados e barrados de creme protector.
O sol contorna as poucas nuvens, abrasa o ar e escalda os corpos expostos nas toalhas. As geleiras aquecem, as comidas azedam e a água esquenta deixando-nos sequiosos a cada gole.
E o vento? O vento traz-nos o cheiro da carne grelhada, atira as toalhas e os guarda-sóis pelo ar, faz voar papagaios que apesar de outrora terem sido belos losangos coloridos com caudas de laços, hoje não passam de reles imitações de aviões com padrões tristes, feios e nojentos.
As crianças pequenas correm nuas em volta de castelos arruinados antes de construídos. As mais velhas jogam bolas e discos sobre os presentes. Todas elas desejam desenfreadamente entrar no mar e desobedientes e barulhentas correm para ele fazendo saltar areia em todas as direcções.
Os pais gritam os seus nomes tentando dissuadí-las e incomodam ainda mais.
Os jovens riem alto e gritam frases deconexas.
Homens em camisolas de cabas preparam churrascos em pleno areal, enquanto ouvem música pimba, para uma família de crianças irritantes, mulheres que berram impropérios, raparigas novas que se abanam espalhafatosamente por toda a praia, rapazes que jogam futebol desrespeitosamente e velhas que falam interminantemente, sentados nas sua tendas, sobre as terras que têm lá na aldeia e as desgraças das vizinhas.
Os homens dos gelados, da bolacha americana e das bolas de berlim passam constantemente por entre os grupos apregoando em voz alta os seus produtos.
Sentir a areia entre os dedos enterrados, apertá-la entre as mão e senti-la deslizar, alisá-la, desenhá-la...
Ou então passear pela beira-mar apanhando pequenas conchas, estrelas, ouriços, búzios... Parar a observar os pescadores recolher as redes e os peixes saltitar na areia num último fôlego antes da morte.
O sol contorna as poucas nuvens, abrasa o ar e escalda os corpos expostos nas toalhas. As geleiras aquecem, as comidas azedam e a água esquenta deixando-nos sequiosos a cada gole.
E o vento? O vento traz-nos o cheiro da carne grelhada, atira as toalhas e os guarda-sóis pelo ar, faz voar papagaios que apesar de outrora terem sido belos losangos coloridos com caudas de laços, hoje não passam de reles imitações de aviões com padrões tristes, feios e nojentos.
As crianças pequenas correm nuas em volta de castelos arruinados antes de construídos. As mais velhas jogam bolas e discos sobre os presentes. Todas elas desejam desenfreadamente entrar no mar e desobedientes e barulhentas correm para ele fazendo saltar areia em todas as direcções.
Os pais gritam os seus nomes tentando dissuadí-las e incomodam ainda mais.
Os jovens riem alto e gritam frases deconexas.
Homens em camisolas de cabas preparam churrascos em pleno areal, enquanto ouvem música pimba, para uma família de crianças irritantes, mulheres que berram impropérios, raparigas novas que se abanam espalhafatosamente por toda a praia, rapazes que jogam futebol desrespeitosamente e velhas que falam interminantemente, sentados nas sua tendas, sobre as terras que têm lá na aldeia e as desgraças das vizinhas.
Os homens dos gelados, da bolacha americana e das bolas de berlim passam constantemente por entre os grupos apregoando em voz alta os seus produtos.
Porém, se por momentos imaginarmos que o mar banhou a praia e levou com ele tudo deixando apenas os coloridos guarda-sóis que alegram a areia, podemos sentarmo-nos sozinhos a olhá-lo brilhante acariciar com ondas a areia, a espuma desfazer-se, os barcos rumar ao horizonte onde o céu se confunde com a água e o sol se põe e as gaivotas mergulhar e retornar aos céus com pequenos peixes no bico.
Sentir a areia entre os dedos enterrados, apertá-la entre as mão e senti-la deslizar, alisá-la, desenhá-la...
Ou então passear pela beira-mar apanhando pequenas conchas, estrelas, ouriços, búzios... Parar a observar os pescadores recolher as redes e os peixes saltitar na areia num último fôlego antes da morte.
1 comentário:
Foste à praia tu.
E voltaste cheia de vontade de descrever situações e espaços. Me likes.
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