15 de janeiro de 2010

Crio agora um figura mítica diferente de tudo o que já existe, se disso for capaz. Dou-lhe um nome estranho, com letras que em nenhum alfabeto existem, e formas tão opostas à de um ser humano ou animal, que nem agora as consegues conceber. Pinto esta figura com uma oitava cor imaginária, e doto-a de uma comunicação sem meios. O mundo em que vive não tem plantas, animais, terra, água, vento ou sol. Não tem oxigénio e tão pouco dióxido de carbono. Podes até eliminar toda a tabela periódica. Os seus costumes não abrangem qualquer arte, ciência ou actividade suplementar. Não se alimenta, apenas vive, sem necessidade de recursos. Não tem emoções, sentimentos, sentidos ou pensamentos. Não tem liberdade, mas também não está presa. Não conhece estes conceitos abstractos. Outros da mesma espécie não são contemplados nesta minha criação. Não se desloca. Todavia está junto a mim e junto a ti neste momento. Não quero dotá-la de qualquer característica conhecida, quero que surja do nada, sem evolução. E se a figura que crias na tua mente, enquanto lês isto, se assemelha a algo que conheces, começa de novo pois não é isso que pretendo!

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