27 de janeiro de 2009

Memórias de dias encharcados

Passos vagos entrançados entre as luzes da calçada. Botas de couro russo e fivelas de aço frio. Saltas poças, vestígios raros da chuva que caiu. As folhas andam perdidas pelos passeios. Umas belas, outras velhas. Um guarda-chuva esquecido numa paragem de autocarro, despojos de vidas passadas. Nuvens negras ameaçam revolta. Salpicos caem nos vidros das montras de fatos negros. Cafés cheios, esplanadas vazias. Bebidas quentes. De repente, gelo. Floquinhos de gelo, mas não de neve. Um vento rasante. E por momentos... nada, o vácuo.

1 comentário:

Boyd disse...

e é agora que eu pergunto..
"O que é o nada?" *.*